Afinal, o que é Inteligência Cultural?
A inteligência Cultural é a
capacidade de interagir de forma eficaz com pessoas de históricos culturais
diferentes.
Com a globalização, é preponderante que os homens e mulheres de negócios
compreendam, assimilem, desenvolvam e coloquem em prática a sua inteligência
cultural.
Existem empresas que fomentam a inteligência cultural nos seus quadros para
que estes se movam adequadamente na cultura onde irão colaborar, por forma a
melhorar as suas performances profissionais. Para tal, as práticas mais
utilizadas são:
- Treinar o colaborador antes da sua
deslocação em missão na empresa;
- Nomear um anfitrião encarregado de
receber e ajudar na adaptação do colaborador na organização que o recebe;
- Continuação do treino de forma
contextualizada sobre a comunicação e adaptação do quadro, com uma avaliação
avaliativa de desempenho.
Tais práticas, devem ter em consideração a interação de determinados
factores, a saber:
- As características pessoais e
profissionais dos colaboradores a deslocar;
- O objectivo da deslocação do
colaborador;
- O contexto cultural onde o
colaborador irá desenvolver as suas actividades.
As metodologias existentes actualmente para treinar os colaboradores podem
dividir-se em 4 categorias de acordo com as abordagens, conteúdo e objectivos
do treino:
- Treino didático em cultura geral: palestras sobre a influência da cultura no comportamento, treino em auto-percepção da cultura e treino de assimiladores de cultura.
- Treino experimental em cultura geral: Workshops em comunicação inter-cultural.
- Treino didáctico em cultura específica-alvo: Instruções específicas de orientação na cultura; treino para adquirir sensibilidade intercultural.
- Treino experimental em cultura específica-alvo: Simulações de acontecimentos e situações de role plays, workshops em comunicação bilateral e viagens de campo à cultura anfitriã.
Pode-se ainda medir o coeficiente de inteligência cultural
através de 6 categorias que
ajudam a entender onde está o
colaborador da empresa a ser deslocado:
- O Provinciano:
é eficiente com gente similar, mas tem problemas com as diferenças.
- O
Analista: Decifra as regras e expectativas da cultura, mas através de
elaboradas estratégias de aprendizagem.
- O
Natural: É altamente intuitivo e, portanto, não desenvolve uma estratégica
de aprendizagem sistemática.
- O
Embaixador: Pode não saber muito sobre a cultura anfitriã, mas comunica
efectivamente a sua certeza de que pertence ali.
- O
Mímico: Tem um alto Controlo sobre as saus acções e conduta, mas carece da
percepção da essência cultural.
- O
Camaleão: é o estado ideal já que
possui a capacidade – tal como o camaleão – de adaptar-se rapidamente ao mundo
que o rodeia.
A título de conclusão neste post
que já vai longo, gostaria de dizer que um colaborador de uma empresa dos dias
de hoje tem de aprender a desenvolver a sua inteligência cultural. Ao desenvolver
a sua inteligência cultural será como Proteus – um personagem sobrenatural na
Odisséia de Homero; um habitante marinho que tinha o dom de mudar de forma
quando quisesse, transformando-se em um peixe, ou um leão, ou uma árvore, ou
até em fogo. Tais mudanças eram guiadas pelo conhecimento da situação em que
ele se encontrava.
O colaborador das empresas dos dias
de hoje ao ser como Proteus, será flexivel o bastante para se adaptar com
sabedoria e sensibilidade, a cada nova situação cultural.
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